A última análise de seu fluido revelou que havia água em seu sistema. Você procurou, encontrou e eliminou pontos de infiltração. Seguindo o manual, você drenou os depósitos de “água líquida” nos pontos mais baixos do sistema; depois, você “rodou” o sistema com o respiro aberto até que a bomba parasse de cavitar e não se escutassem barulhos estranhos nas tubulações. Até aqui, tudo bem, mas…
O vapor não expurgado para a atmosfera acaba se condensando no tanque de expansão. Às vezes, gotículas aparecem embaixo do tanque de expansão. Essas gotículas estão revestidas com fluido, e parecem sem importância, mas quando o sistema esfria são “chupadas” para dentro do sistema e transformam-se em vapor com o aquecimento do fluido.
O aumento de volume quando água se transforma em vapor é de 1000:1, ou seja, 1 litro de água se expande para 1 m³ de vapor. Portanto, não é preciso muita umidade para criar problemas sérios.
Além das providências mencionadas no primeiro parágrafo, seguem, abaixo, alguns procedimentos adicionais que ajudam a remover o máximo possível de água do sistema:
- Aqueça o sistema até 100°C/120°C para evitar condensação de vapor;
- Com o respiro aberto, instale uma leve corrente de N2 no tanque de expansão;
- Faça o fluido circular por todo o sistema, inclusive e principalmente pelo tanque de expansão, com o respiro aberto. A corrente de N2 ajudará a expurgar a umidade e outros contaminantes de baixo ponto de ebulição (os chamados “leves”);
- Com base na quantidade de fluido e na velocidade do fluxo de seu sistema, calcule quanto tempo esta ação deverá durar até que todo fluido seja purgado no tanque de expansão;
- Deixe um “colchão” de N2 no tanque de expansão para evitar o contato do fluido com o ar atmosférico. Isto diminuirá a formação de umidade e o processo de oxidação do fluido;
- Siga o Procedimento de Partida desta série, e volte a operar normalmente.